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Os 5 maiores rivais de Guga em sua carreira

Relembre os jogadores que fizeram confrontos marcantes com o tenista brasileiro!
Raphael Saavedra

Raphael Saavedra

Rivais de Guga - Gustavo Kuerten Australian Open 2001

Rivais de Guga no tênis: você lembra os maiores? Lenda do tênis brasileiro, Gustavo Kuerten viveu seu auge no início dos anos 2000. De fato, esse período ficou conhecido pela quantidade de grandes jogadores no circuito, o que torna os feitos de Guga ainda mais brilhantes.

Sem dúvida, alguns desses adversários acabaram se destacando em suas batalhas épicas contra o brasileiro, seja em suas campanhas vitoriosas em Roland Garros ou em outras ocasiões em que Guga bateu na trave para vencer outros títulos.

Por isso, neste artigo, vamos relembrar os cinco maiores rivais de Guga, todos com uma contribuição única para a trajetória do brasileiro nas quadras. Confira!

1 – Yevgeny Kafelnikov: Equilíbrio e Intensidade

Yevgeny Kafelnikov, campeão olímpico e ex-número um do mundo, pode ser considerado o maior rival de Guga na carreira. Suas partidas eram marcadas pela intensidade e equilíbrio, com ambos os jogadores buscando incessantemente a vitória.

Os confrontos entre Guga e Kafelnikov ficaram marcados por seus rallies longos, sendo que o brasileiro precisou vencê-lo nas três vezes em que conquistou Roland Garros na carreira. Ao todo, foram 12 partidas entre eles, com sete vitórias do brasileiro e cinco do russo.

Naturalmente, a vitória nas quartas de Roland Garros de 1997, ano em que Guga ainda era um azarão no circuito, é uma das mais conhecidas. Naquela ocasião, ele derrotou Kafelnikov de virada por 3 a 2, com parciais de 6/2, 5/7, 2/6, 6/0 e 6/4, e abriu caminho para o seu primeiro título na França.

Do outro lado, a principal vitória do russo foi também na fase de quartas de final, mas das Olimpíadas de Sidney, em 2000. Guga era um dos favoritos para conquistar a medalha de ouro, mas parou no seu rival por 2 a 0 (6/4 e 7/5).

2 – Andre Agassi: Pedra no Sapato

A disputa entre Guga e Andre Agassi não pode ser bem considerada uma rivalidade, porque os dois estavam entre os mais carismáticos do circuito. Porém, eles tiveram a sorte (ou azar) de se encontrarem diversas vezes em quadra. Com 11 confrontos, apenas Kafelnikov jogou mais vezes contra Kuerten.

Um detalhe curioso é que os dois nunca se enfrentaram no saibro, piso em que Guga era especialista e um dos maiores de sua época. Até por isso, o retrospecto é favorável para Agassi, com sete vitórias e quatro derrotas.

No entanto, a vitória mais conhecida foi de Guga, na decisão da Masters Cup de 2000. Em Lisboa, o brasileiro venceu Agassi por triplo 6/4 na decisão, depois de perder para o adversário na fase de grupos. Além de ser o grande campeão, ele garantiu o posto de número 1 do mundo ao fim daquela temporada.

Sem dúvida, a competitividade extrema entre os dois jogadores solidificou a rivalidade como uma das mais marcantes da carreira de Guga.

3 – Juan Carlos Ferrero: Batalhas no Saibro

Juan Carlos Ferrero, conhecido como “Mosquito”, não fez tantas partidas contra Guga. No geral, foram apenas cinco encontros entre eles. Apesar disso, foram suficientes para marcarem o atual técnico de Carlos Alcaraz como um dos grandes rivais de Guga. Isso pode ser explicado pelo fato de os dois jogadores terem sido excelentes no saibro.

A rivalidade foi intensa, principalmente, durante os anos 2000 e 2001, quando Guga viveu seu auge. Tudo começou na semifinal de Roland Garros em 2000, ano do bicampeonato brasileiro. Com apenas 20 anos, Ferrero fez um jogo duríssimo contra Guga, que precisou de cinco sets para chegar à final, de virada.

No ano seguinte, novamente eles se encontraram nas semifinais, mas Ferrero já era um cara mais experiente no circuito e prometia trazer dificuldades para o brasileiro. Principalmente porque, no torneio anterior à Roland Garros, ele derrotou Guga na decisão do Masters de Roma, também em cinco sets e de virada.

Dessa vez, Kuerten atropelou por 3 a 0 (6/4, 6/4 e 6/3) e garantiu a vaga na final, quando conquistaria o tri na França. Ainda no mesmo ano, Ferrero devolveu com vitória na fase de grupos da Masters Cup, por 2 a 0. No ato final, em 2003, já com Guga sofrendo com lesões, o espanhol desempatou o retrospecto, vencendo por 2 a 0 nas quartas de Barcelona.

4 – Patrick Rafter: Confronto de Estilos

Hoje pouco usual no circuito, o saque e voleio era a marca registrada de muitos jogadores durante os anos 1990 e 2000 (como não lembrar de Pete Sampras?). Nessa lista, um proeminente jogador era o australiano Patrick Rafter, que chegou a ocupar o posto de número 1 do mundo por uma semana, em 1999.

Em um intervalo de três temporadas, entre 1999 e 2001, Guga e Rafter se encontraram oito vezes. Sendo assim, Rafter é um dos rivais de Guga mais frequentes no circuito, além de ser um dos confrontos mais equilibrados com o catarinense.

Enquanto Guga brilhava em quadras de saibro, Rafter era um especialista em superfícies rápidas, notadamente na grama. Essa diferença de especialidades adicionou um elemento intrigante aos embates entre os dois. Apenas duas partidas foram disputadas em saibro, mas Guga conseguiu duas vitórias importantes em quadras rápidas.

Ao mesmo tempo, Guga conquistou dois títulos expressivos derrotando Pat Rafter na final. O primeiro deles foi em 1999, no Masters de Roma (saibro). Depois, em 2001, quando ocupava a liderança do ranking, derrotou o australiano na decisão de Cincinnati, disputado em quadra dura. Uma vitória completamente espetacular, por 6/1 e 6/3.

5 – Carlos Moya: Rival no Saibro

Se Guga encontrou poucas vezes alguns adversários no saibro, contra Carlos Moya quase todas as partidas foram disputadas nesse piso. Foram sete confrontos gerais, sendo seis nesta superfície. Guga leva a melhor em 4 a 3, com vitória do espanhol no único jogo em quadra rápida (semifinal de Indian Wells, em 1999).

Assim como todos os outros presentes na lista, Moya também foi número 1 do mundo, posto em que se manteve por duas semanas. No entanto, a grande diferença é que Moya, apesar de ter uma idade quase igual a de Guga (apenas 14 dias separam os dois), não viveu sua melhor fase quando Guga estava no auge, entre 2000 e 2001, por conta de lesões. Por outro lado, Guga começou a cair, pelo mesmo motivo, em 2002, quando Moya voltou a subir no ranking.

A maior vitória de Guga sobre Moya foi na decisão de Mallorca, em 1998. Número 25 do mundo, o brasileiro derrotou Moya de virada, por 2 a 1 ( 6/7, 6/2 e 6/3). O espanhol era o 5 do ranking e cabeça número 1 do torneio. Em 1999, Moya despachou Guga nas semis de Hamburgo com apenas dois sets perdidos, com direito a pneu (6/0 e 6/2).

A carreira de Gustavo Kuerten foi moldada por essas rivalidades, que não apenas testaram suas habilidades, mas também contribuíram para a riqueza da história do tênis. Cada um dos rivais de Guga trouxe desafios únicos, revelando a versatilidade e a determinação do brasileiro em sua carreira. Para você, quem foi o mais difícil deles?

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